Promotor
Fundação Centro Cultural de Belém
Sinopse
Não querer ser enganado com mentiras e descobrir a verdade é a situação em que cada ser humano se encontra. Há uma pressão contínua — 24 h por dia, 7 na semana — para escapar à mentira e saber da verdade. Por norma, achamos que estamos na verdade e somos verdadeiros, mas não sucumbimos à mentira? O contexto contemporâneo levanta a questão da mentira de um modo pandémico. A proliferação da desinformação (deepfakes, algoritmos e bots) é uma necessidade que empresas como a Cambridge Analytica ou alguns estados vieram suprir. A desinformação pode influenciar eleições e minar a confiança na democracia. Este nosso percurso explora as relações entre verdade, mentira e percepção da realidade, analisando conceitos filosóficos clássicos e contemporâneos nos contextos complexos da nossa vida pessoal e colectiva. O esforço de compreensão da eficácia da mentira e desactivação da verdade não é novo. É tão antigo como o acontecimento do ser humano. Anular o estado de negação em que nos encontramos a respeito de ilusões e auto-enganos é condição de possibilidade da descoberta da verdade. Somos, às vezes, enganados com a mentira e também com a verdade. Mas não a propagamos também nós? E não acontece também ser um outro, muitas vezes, a dizer-nos verdades sobre nós?
Sessões
9 OUTUBRO:
Com a verdade me enganas:— a eficácia da mentira. (Aristóteles, Heidegger, Husserl)
6 NOVEMBRO:
Ser sonso: a raiz da dissimulação. (Nietzsche)
27 NOVEMBRO:
Imitações e o original. (Platão)
18 DEZEMBRO:
Se o diabo não é mentiroso (Descartes)
29 JANEIRO:
O conto do vigário:— questões de propaganda. (Hannah Arendt, Tácito)
26 FEVEREIRO:
Ídolos de aço com pés de barro: — iconoclastia (Jean Baudrillard)
26 MARÇO:
Segredos por revelar (Sissela Bok)
30 ABRIL:
Sósias de si próprio (Naomi Klein)
28 MAIO:
Grandes decepções (Neel Burton)
25 JUNHO:
“O que é a verdade?” pergunta Pilatos (Novo Testamento, Nietzsche)
Preços